segunda-feira, 8 de junho de 2009

O mal-estar das indefinições

Tudo pode ser sabido, pesquisado, conhecido...
Essa sensação de facilidades que as novas tecnologias proporcionam causam um deslocamento da realidade palpável, longe da tela... O navegante ou internauta segue caminhos e decide com rapidez como ganhar e perder seu próprio tempo.
O ato de explorar a nevegação liga-se a descobrir e ser descoberto. A sensação de vivenciar um espaço ilude os sentidos. Somos o flâneur que está em todos os lugares e em nenhum. Observa-se tudo, e somos observados, sem sermos vistos...
"O senso do mistério - escreveu Odilon Redon, cujo segredo o aprendera em Da Vinci - é estar o tempo inteiro no equívoco, nos aspectos duplos, triplos, na suspensão do aspecto (imagens dentro de imagens), formas que vão ser ou que serão, segundo o estado de espírito do observador..." (BENJAMIN, 1991, p. 2002).
Quem me segue no Twitter? Para que? Em que me acrescenta ter um endereço no Facebook? Ou Orkut?
Quem realmente lê tantos blogues? Para que necessitamos de Second life... Nem sabemos resolver e equacionar a primeira...
As formas dinâmicas de interatividade agem em separado, em partes. Cada projeto depende visceralmente das partes para tornar-se inteiro. É a materialização do fenômeno da autopoiesis (self-organization ou ego-organization).
Tudo parece mais fácil e administrável no ciberespaço.

3 comentários:

minhacasaeumaviagem.blogspot.com disse...

Eu canso de receber convites para Twitter e Facebook. Hoje mesmo recebi um desse convites e me perguntei pq? pra q? huahuahua Bom post!!!

Adriana disse...

Amanaful da roda da bicicleta?
Scofori do esbirigui?

Adriana disse...

nao ganhei chocolate..engraçado, vou me mudar de pais tbm